Feliz Natal - Merry Christmas

Haddon Sundblom - Ilustrador

          Não se pode falar em Natal sem falar, também, de Papai Noel. Logo vem a imagem daquele gorducho simpático de barba branca, bochechas rosadas e roupa vermelha. Mas nem sempre foi assim.
          Um dos primeiros artistas a quem é reconhecida a criação da imagem que viria tornar o Papai Noel tão popular foi um carinha chamado Thomas Nast. Até então o Papai Noel era tido com uma criatura élfica que usava roupas coloridas; não exclusivamente vermelha, ora azul, verde e mesmo purpúreo. Isso antes da interpretação de Nast, no longínquo ano de 1863.
          A imagem definitiva do bom velhinho viria muitos anos depois, forjada por um cara baixinho e franzino chamado Joseph Christian Leyendecker, isso em 1912.
          A popularidade atual do bom velhino pode ser creditada pelo Ilustrador Haddon Hubbard Sundblom. Foi ele que, por solicitação da empresa The Coca-Cola Company e sua agência de publicidade, ajudou a dar vida em 1931 a uma nova campanha mais realista sobre o Papai Noel. Existia uma crença que coca cola só deveria ser bebida em tempo de calor e não em períodos que frio (lembrando que no hemisfério norte Dezembro é inverno), campanha essa iniciada em 1922. Naturalmente e empresa queria vender mais - e conseguiu. As obras de Sundblom fazem parte do acervo da Coca-Cola e viajaram o mundo em museus importantes como o Louvre.
          Muitos outros artistas também retrataram-no, como Nornam Rockwell, Newel Convers Wyeth, e mesmo artista nacionais como nosso querido Benício Praticamente todo o lustrador profissional carrega o legado desses artistas em seus ombros nessa época do ano.
          Sem dúvida esses artistas ajudaram a criar o mito do Papai Noel e sua contribuição para a cultura popular é de grande importância.
          Mas é claro que hoje não é o dia do Papai Noel. Hoje o dia é de um outro carinha que nasceu há 2009 anos. :)
          E feliz Natal!

Retrato III - Portrait III

Estudo Retratos - Acrílica/Óleo - 29,5x21cm - 2007

          Uma boa forma de estudar pintura e aprender mais sobre retratos, assim como qualquer outro tipo de pintura, é copiando. Copiar um trabalho existente tem suas vantagens.

          No exemplo acima a cópia foi mais em relação as cores do que a anatomia. É mais fácil perceber que cores foram utilizadas originalmente do que tentar enxergar as cores e entender como elas interagem no modelo. Lembro de ter lido um artista comentando que as cores do rosto ficam entre 20 para mulheres e 30 para homens (barba e pelos fazem determinadas partes da pele ter uma coloração diferenciada). Qualquer copia vai ajudar a entender que decisão o artista tomou, como ele renderizou determinada parte, que tipos de pincéis e cores ele utilizou, que partes utilizou tinta transparente e que partes utilizou tinta opaca. O ideal é tentar copiar as cores e até mesmo a direção que foram dadas as pinceladas para que possa tirar proveito do estudo.

          O estudo acima são de obras de artistas diferentes de um antigo livro de pintura.

Retrato II - Portrait II

Lucas - Grafite - 15x21cm - 2009

          Naturalmente um bom retrato depende diretamente de um bom desenho. Ao contrário de uma paisagem por exemplo, onde vários elementos podem ser ajustados, redimensionados, trocados de lugar e até mesmo de cor. Um retrato não pode. Cada elemento deve estar no seu devido lugar, com suas respectivas características e cores. Nem mais nem menos.

           Uma outra coisa que considero importante é a escolha da pose do modelo. Normalmente as pessoas apresentam as fotos que consideram bonitas e que geralmente não são. Não. Não estou me referindo à beleza dos modelos (a beleza está no olhar do artista), mas a qualidade foto em si, com luz inadequada, ou em excesso, poses que nem sempre vão dar um belo retrato. Nessa hora seria interessante o solicitante confiar no artista e seguir suas recomendações para que o resultado seja o melhor possível.

Retratos são uma bela forma de presentar. Um retrato como o que ilustra esse tópico tem um valor bastante acessível e devidamente emoldurados se tornam uma bela forma de arte.

Retrato I - Portrait I

Lucas - Óleo - 21x26,5cm - 2006

          Como falei de auto retrato agora vou comentar um pouco sobre retratos.

          Não é fácil pintar um retrato. A primeira coisa que qualquer pessoa busca num retrato é similaridade com a pessoa retratada. Notadamente isso por si só já é uma tarefa complicada para qualquer artista, pois é necessário lidar com os problemas advindos da anatomia, proporções, tons, cores, pinceladas, mídia, formato e suporte. Com todos esses problemas a similaridade é o pré-requisito mínimo para um retrato, que não obstante, ainda vai transmitir as qualidades do retratado e do artista, através da sua técnica e habilidade.

          Aqui um exemplo de um retrato baseado numa foto, a mídia escolhida foi tinta óleo (ao contrário da postagem anterior, onde foi utilizado aquarela), as pinceladas foram feitas de um modo pouco ortodoxo.

          Grandes artistas retratistas incluem desde Leonardo da Vinci, Jean Auguste Dominique Ingres, John Singer Sargent até nossos contemporâneos Nelves, Jeffrey Watts, Jeremy Lipking e tantos outros.

Autorretrato - Self Portrait

Autorretrato - Aquarela - A5 - 2006

          A imagem que ilustra meu perfil não está num tamanho decente. Não sei por que todas as imagens de perfil de blogues não aparecem num tamanho decente como os de suas postagens.

Resolvi então postar esse auto retrato que fiz há algum tempo para que pudesse ser visto como eu gostaria que fosse visto quando clico numa imagem de um blogue qualquer.

          Auto retrato é um excelente exercício de conhecimento da anatomia humana e cor. Nem sempre é possível ter um modelo disponível ou ir em algum lugar que disponibiliza modelo vivo para estudá-los, portanto uma boa saída é usar a si mesmo como modelo. Esse não foi o primeiro auto retrato que fiz e certamente não será o último.

          Lembro de ter visto um blogue de um artista onde ele postou alguns auto retratos e diz que voltou a desenhar seu modelo favorito. O único pré-requisito é ter um espelho para poder se retratar. Mesmo que seja um espelho de mesa. Lembro de um auto retrato de Francis Pelichek em que ele se retrata num espelho de mesa. Clique em imagens de Francis Pelichek para vê-lo. Tenho um pequeno espelho que comprei no um e noventa e nove que é bastante útil, embora o use muito pouco. Esse retrato foi feito no espelho da porta interna do guarda roupa, mas também pode ser usado qualquer espelho da casa. Um outro retrato onde podemos ver o uso de espelho para se retratar é o clássico Autorretrato Triplo de Norman Rockwell. Até mesmo o Narciso do Caravaggio foi feito com auxílio de um espelho.

          Esse auto retrato mistura um pouco de desenho de observação e um pouco do classicismo acadêmico...não que eu não seja bonito, mas acredito que a Dona Daisy seja de fato muito corajosa, enfim...

           Autorretratos são uma bela tradição e o preço que o modelo cobra é bastante justo.

           Prazer em conhecê-los! :)

Benedetto

          Alguém já ouviu falar de um artista chamado Benedetto?

         Creio que pouca gente ouviu falar nele, mas muita gente já ouviu falar em Tony Bennett. O artista começa hoje uma turnê pelo Brasil.

          Ao navegar no site do artista Everett Raymond Kinstler e ler o comentário da página inicial, onde Tony compara ERK ao Sargent, percebi que Tony conhecia sobre (boa) arte. Ao esmiuçar o site de ERK também descobri que Tony era pupilo de ERK e um "pintor dedicado" e aficionado por museus.

          Muito legal ver que alguém ocupado com uma carreira de sucesso encontra tempo para se dedicar a o prazer da pintura.

          Uma grande inspiração para todos os amantes das tintas. Quem sabe não teremos cidades brasileiras pintadas da janela de seu quarto de hotel em breve no site dele?

           Parabéns Benedetto!

Imagem Tony Bennett © Copyright Tony Bennett e Benedetto Arts.

LoTech e HiTech

Triatleta - Aquarela/Nanquim - A4 - 2003

          Há muitos anos num quase suposto trabalho que acabou não se realizando, acabei por concluir uma idéia que seria um personagem para um evento de triatlon. A ideia era fazer um personagem simpático com apelo para todas as faixas etárias. Um estudo preliminar tinha o persongem encostado em sua bicicleta.

          Foi feito em papel sulfite a4 com aquarela, nanquim e pincel.

         Muitos anos depois, alguns anos atrás, resolvi modernizar essa ilustração. Agora o triatleta se modernizou e recebeu um tratamento digital. Vetorial. Certamente levou mais tempo para finalizar do que aquarela, contudo o resultado ficou mais apresentável. Quiçá profissional.

         A vantagem inerente ao programa vetorial é sua habilidade de redimensionar o trabalho a virtualmente qualquer tamanho possível e imaginável (ou inimaginável), além claro de se poder errar a vontade, fazer e refazer, como qualquer programa bitmap ou vetorial. Nesse sentido a alta tecnologia veio auxiliar a quem produz imagens a obter um resultado melhor de forma mais confortável, inclusive permitindo uma redução no tempo de produção. Esse quesito inclusive considero controverso, visto que qualquer trabalho feito de forma digital pode levar tanto tempo quando o artista necessite para representá-lo em sua forma plena, ou seja, finalizado. Alguns artistas inclusive aliam arte digital e tradicional, como é o caso de Jeremy Sutton, ou artistas que tem uma formação bastante acadêmica e usam tanto tinta quando bits para representar suas ideias, como é o caso do Don Seegmiller.

          No caso da baixa tecnologia o artista tem (ou tinha, já que são poucos os ilustradores que ainda trabalham com tinta de verdade) que ter bastante conhecimento para conseguir obter seu resultado, visto que não teria tempo suficiente para refazer, esperar tinta secar, misturar. Todo o tempo de produção precisa ser otimizado, isso quando não acaba a tinta branca no fim de semana e bate o pânico.

          Ainda assim existem excelentes artistas digitais e tradicionais e o mercado parece assimilar bem ambas formas de arte. Uma visita ao site Abipro ou SIB apenas vai confirmar o que escrevi aqui.

Triatleta - Digital - A4 - 2007

Baby Rex

B-Rex - Digital - 15,3x10,6cm - 2006

          Há algumas postagens um dinossauro passou por aqui.

         Como visto na série de filmes Jurassic Park, o vilão derradeiro, uma das ameaças para a atual raça dominante no planeta.

          Eis que novamente um dinossauro, dessa vez numa versão amigável, volta a ser tema para uma postagem. Esse foi feito no período jurássico do século 20.

Re-wind(ows)ed

Canário - Aquarela - 22x26,5cm - 2009

          Com todos os problemas resolvidos no computador, volto a postar novamente. Claro que nem tudo será como antes. Vou ter que sair a cata dos links perdidos, pincéis digitais, uma ou outra tranqueira que a gente baixa e nunca usa, ou que é vital para a navegação e a gente não lembra que existe até que nada acontece quando deveria acontecer.

          Ainda citando um pouco o pau no comput....digo, sistema operacional, acabei por instalar o Ubuntu para ver como é. Instala rápido e (quase)tudo, muito legal. Apenas configurei o Gimp e lá estava a boa e velha Wacom funcionando. Instalei até o meu software favorito. Só a Wacom inventou de não querer trabalhar tomando vinho. Também pudera...

          O scanner também foi um problema a parte, como o meu scanner é apenas scanner e não multi funcional, a fabricante diz que não tem driver pra Linux.

           Causos a parte, botei o (nem) sempre bom Windows e tudo voltou a normalidade. Ah...quero ver o dia que os softwares proprietários vão rodar num desktop com o melhor sistema operacional da galáxia (... o Steve Jobs já faz essa façanha, mas me refiro a rodar num software open source).

           A única vantagem dessa história toda é que agora sim os drivers foram instalados corretamente (eles vieram da loja sem estar corretamente instalados e eu nem tinha percebido, afinal, o computador não apresentava erros) e os drivers do scanner até estão escaneando aquarela de uma forma menos pior que antes. Ainda preciso fazer outros testes para tirar a dúvida. Enquanto isso vou deixar esse passarinho de uns anos atrás para decorar o ambiente.

Gordo of War - Fat of War

Gordo of War - Digital - 29,6x26,7cm - 2009

          Reza a lenda:

         "O computador foi inventado para resolver problemas que não existiam antes do computador."

          Quem tem computador - e se tu tá lendo isso é por que faz parte desse seleto grupo - sabe do que estou falando. Ele pifa tão rapidamente quanto o lançamento de um novo processador no mercado. Por que não tem vida longa e próspera como os Vulcanos, os carros, as geladeiras e as televisões? Pau no equipamento ou no sistema operacional? Não importava muito, o que era certo é que eu iria perder tudo o que tinha guardado no computador por toda a eternidade. Eu estava tão irado que queria formatar tudo, quando lembrei que há algum tempo eu tinha testado um live cd do Linux Ubuntu. Bem, não tinha mais aquela versão, mas criei um com a mais recente versão e...Zaloom! O pau era no sistema operacional. Enquanto vou fazendo backup dos meus tesouros digitais e usando o amigável Ubuntu, aproveito para postar alguma coisa.

Com uma ira dos Deuses digno de Kratos, o personagem da série de jogos God of War e adequado ao momento, posto uma ilustração que criei com o único propósito de diversão.

          Excessivamente violento e impiedoso como os antigos Deuses, sanguinário e inadequado para menores de idade, o jogo tem um visual belíssimo, linda música e agrada crianças (que não deveriam jogar) e crianças (adultos). Eu comentava com meu parceiro de games que a única diferença entre Kratos e eu era o cabelo, meu filho discordava de forma veemente dizendo que sou um cara "por demais fofo", não com essas palavras, obviamente. Então, enquanto Kratos grita " I am the God of War", adotei o slogan: " I am the Gordo of War" e fiz o desenho há algum tempo.Quando mostrei o desenho no lápis para meu filho ele deu uma risada! Sinal verde para esta versão. Quem conhece o jogo vai entender a paródia. Ainda há algum tempo eu tinha feito um desenho baseado numa imagem do lançamento da versão 3 do jogo com papel tonado digitalmente.

Kratos - Digital - 27,7x21cm - 2009

          No topo do tópico a versão escaneada já com um esquema de cores e ideia do que eu tinha em mente. No game ele tem que derrotar seu pai, Zeus. Nessa versão o objetivo era derrotar sua fome na franquia de lanches do Zeus, por isso o hamburger com um Z no topo do monte Olimpo. Como não existia muita diferença entre os planos, mudei para a próxima versão.

          Essa é a versão final do Espartano mais legal dos últimos tempos. Esboço a lápis e finalização totalmente digital.

          Enquanto vou resolvendo o problema do computador com o pouco tempo que tenho disponível, agradeço por existir essa opção de usar um live cd Ubuntu que salvou lembranças pessoais e trabalhos que realizei do ostracismo. Se eu descobrir como executar meu programa favorito nele, vou-me embora para Pasárgada!

Estudo de cor - Digital - 27,7x21cm - 2009

Bicicleta - Bycicle

Bicicleta - Aquarela - A5 - 2009

          Aquarela é uma mídia tão bonita quanto difícil de executar. Provavelmente a mídia mais antiga de todas, com possível origem na pré-história. Naturalmente naquela época o meio/veículo/mídia de transporte do pigmento para o suporte/superfície era a saliva, e não a goma das modernas tintas em tubo, claro que quando o pigmento não era tão gostoso de mastigar, usava-se água, visto que o artista William Winsor e o artista/químico Henry Newton são antigos, mas nem tanto assim.

          Aquarela é arisca, difícil e imprevisível. Quer viver perigosamente? Esqueça saltar de pára-quedas ou bungee jumping. Pinte aquarela!

          Fazia bastante tempo que eu não fazia nada em aquarela, mas volta e meia decido abrir um tubo ou dois. Faz umas duas semanas que fechei um trabalho de ilustração, digital, graças a uma velha pintura em aquarela. Até começei a fazer a ilustração em aquarela, mas mudei para o digital por questões práticas. Depois comento sobre isso.

          Já deveria ter postado aquarelas a mais tempo, contudo meu scanner não queria que eu fizesse isso. Deve ser porque comprei o scanner mais barato disponível.

         Começo a suspeitar o porque da existência dos softwares gráficos. Digitalizar qualquer coisa feito de forma tradicional é uma tarefa bastante árdua, sem dúvida é mais fácil pintar dentro do computador e botar pra fora dele do que pintar fora e tentar botar a pintura dentro dele.

          Mesmo as cores não estando totalmente fiéis aos originais decidi postar.

          Há alguns meses estava revirando fotos antigas para buscar referências e deparei-me com algumas que tirei do meu irmão andando de bicicleta. Um belo motivo para pintar. Fiz esses em formato a5 (metade de uma folha a4) em papel Canson 200g.

Sem bicicleta - Aquarela - A5 - 2009

Jerry Lewis

Professor Aloprado da Comédia - Digital - 26,2x32,1cm - 2006

          No mesmo período que fiz a caricatura do Tião Macalé eu também fiz a do Jerry Lewis. Ele completou 80 anos em 2006 e como sempre gostei dos seus filmes resolvi prestar minha singela homenagem a esse comediante. A ideia da ilustração era fazer o Professor e seu relógio, mas acabou ficando sem o relógio...O que? Não sabe do que estou falando?

Desse relógio.

          Essa parte da sala do diretor é a que mais gosto do filme. O filme tem um colorido bem interessante e tentei manter esse efeito no trabalho final.

          Esse trabalho participou de uma mostra sobre ilustração em novembro de 2007 na cidade de São Paulo com um retorno bem positivo, o que me deixou bastante orgulhoso.

Tião Macalé

Tião - Digital - 17,8x22,8cm - 2006

          Sessão Túnel do Tempo.

          Em 2006, numa tentativa de fazer uma caricatura peguei a carismática figura do Tião Macalé como cobaia e a boa e velha tablet de guerra.

           Fiz isso por dois motivos: primeiramente porque não era muito íntimo da caricatura e segundo porque não era muito íntimo da tablet a ponto de fazer um trabalho finalizado sem ter passado pelo papel antes. Já tinha feito alguns, mas a sensação de desenhar diretamente na tablet é sempre esquisita. Imagino que com uma tabletinha chamada Cintiq a coisa deve ser infinitamente melhor. Quem usa aprova.

           A caricatura não ficou lá essas coisas, ficou mais um retrato mesmo.

           Mas nem tudo está perdido.

          Consegui realizar a segunda metade da tarefa proposta que era ficar mais amigo da dona tableta!

          Esse foi um dos dois trabalhos que enviei para uma competição no site DIMI em junho de 2006.  Fiquei entre os finalistas dentre trabalhos enviados do mundo todo. Nada mal. :)

T-Rex

T-Rex - Óleo - 30x21cm - 2009

          No começo do ano resolvi pintar um esboço que fiz há algum tempinho, bem, na verdade fiz há alguns anos, bem...na verdade mesmo fiz há muitos anos.A ideia era fazer uma pintura em tamanho grande, contudo, o esboço ficou engavetado por um período de tempo quase tão grande quanto o tempo que separa a extinção dos dinossauros dos dias atuais.

          Peguei meu velho esboço e o transferi para um papel preparado decente (ele foi feito em sua maioria em uma folha A4 de papel amarelo e num pedaço num papel rosa e emendado com fita adesiva,um recurso quase tão útil quanto o add canvas do computador).

          Após a transferência do desenho para o papel menor que o do desenho original (por isso os pés do bichinho estão cortados), resolvi selar o lápis com um a cor sombra queimado (pode ser feito com tinta acrílica também). Esse passo não é realmente necessário, tem artista que usa e tem artista que não usa.

          O segundo passo foi tentar definir a forma do rei dos lagartos, até aqui pura diversão. Coloquei o azul do fundo para ver como podia ficar o contraste. Ainda está muito contrastante!!!

          Pausa para o lanche....ah não, essa é a minha mesa de desenho (um canto dela) com alguns dos materiais necessários à boa pratica da pintura. Pincéis; tenho poucos mesmo, esse são os que uso para pintura à óleo, no copo preto, além desses tenho mais dois copos laranjas, um com pincéis para aquarela e outro com pincéis para acrílico. Fita para prender o papel na prancheta. Meu cavalete de mesa, potes diversos, papel higiênico parcialmente devorado para limpar pincéis. Use toalha de papel, mas como esse rolo foi parcialmente comido pela Lua, aproveitei para essa finalidade. Paninho para secar os pincéis limpos. A mesa personalizada foi cortesia do meu filho, quando troquei a cobertura da mesa ele tratou de rabiscar.

          Minha paleta de cores com as cores utilizadas: branco titânio, amarelo cádmio, amarelo ocre, vermelho (na loja não tinha o vermelho correto então comprei esse mesmo, prefira o vermelho crimson por que ele é mais vermelho :-)), azul celeste, azul ultramar e preto. Fixados à paleta estão os copinhos de paleta. No meio da paleta o embrião do meu T-Rex, engenharia genética de dar inveja ao Jurassic Park :-). Para quem não sabe, sou canhoto,então minha paleta apresenta essa disposição de cores. As mais usadas mais perto do pincel e as menos usadas mais distanciadas. Se por acaso tu fores destro as cores assumem um posicionamento invertido: O preto ficará a extrema esquerda e o branco a extrema direita.

          Ainda bem que não sou fotografo... essa foto ficou feia mesmo, mesmo assim, melhor que a do Monstro de Lock Ness. Aqui apliquei um tom verde mais escuro que o da imagem acima, pensei que ele fosse ficar com uma cara de Doutor Banner.

          Enfim o lagartão pronto pra dilacerar suas presas na ilha Nublar. Como tinha muito tom azul/verde predominando a cena, adicionei umas manchas coloridas para quebrar o gelo, tal como foi feito na continuação do filme. Também afinei o pescoço, depois de muitos anos achei o pescoço grosso muito feio, estava parecendo mais um dragão de Komodo.

          Nossa! Ficou legal mesmo!Sinto me o próprio James Gurney!!!! Wohooo!!

Estudos - Studies

          Uma coisa que gosto de fazer é pegar jornais velhos ou revistas e desenhar os rostos das mais diversas formas. Personagens dentro dos cânones acadêmicos são interessantes até certo ponto. Pessoas normais tem muito a dizer com suas expressões e espontaneidade. Artistas, fotógrafos e ilustradores que percebem isso conseguem transformar o rosto de uma pessoa normal num lindo trabalho de arte.

          O objetivo desse exercício é retratar de forma fiel (ou pelo menos tentar) o modelo escolhido e tentar resolver problemas que venham a aparecer no decorrer dessa tarefa. Um exemplo disso é a modelo de perfil abaixo que deu bastante trabalho acertar a anatomia, uma possível resposta é o fato de vermos as pessoas olhando em nossa direção a maior parte do tempo, até mesmo ao olharmos para nós no espelho nos vemos sempre de frente.

          Embora existam regras pré-definidas que facilitam o entendimento do desenho do rosto e corpo humano, o que torna os rostos interessante é justamente a variedade quase infinita de sutilezas e peculiaridades de cada um. Mesmo irmão gêmeos ( e falo com conhecimento de causa) por mais parecidos que sejam são bastante diferentes.

Estudos - Grafite - A4 - 2009

          Abaixo vemos três retratos bastante peculiares. O militar a esquerda com seus traços angulares nos indica seu estilo rigoroso de vida. A jovem no meio sugere juventude e beleza. O senhor a direita é um empresário bem sucedido e com vida confortável. Quando coloquei os três na mesma folha nem havia pensado nisso.

Estudos - Grafite - A4 - 2009

          Abaixo o retrato de um senhor francês sobrevivente dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial. Ao seu lado um retrato mais caricaturado do Presidente Barack Obama. Nem sempre é preciso fazer retratos acadêmicos, eles podem ser caricaturados. Fazer caricaturas não é tão simples como parece...

Estudos - Grafite - A4 - 2009

          Ao realizar seus exercícios não tenha pressa. Alguns artistas conseguem fazer um retrato ou pintura em poucos minutos, outros levam horas, outros dias. Descubra qual o seu ritmo ideal e divirta-se!

Poluição - Pollution

Poluição - Caneta Pincel - 42x30,5cm - 2009

          É incrível notar as diversas facetas que a poluição assume. Um dos grandes mistérios da humanidade é saber quais priorizar e quais não. Nem Sequer o onipotente São Google tem as respostas.

          Artistas são sem dúvida seres poluentes, claro que são uma minoria e por se tratar de uma atividade totalmente artesanal proporcionalmente poluem muito pouco. Trabalham com material com um certo grau de toxicidade e os despejam na natureza quando lavam os pincéis e descartam restos de tintas de suas paletas. Enganam-se aqueles que pensam que o uso dos computadores minimiza a forma de poluição artística. O lixo tecnológico é muito mais poluente e não é criado apenas por artistas, mas por todos que usam computadores (ou outros equipamentos eletrônicos como celulares, mp(n)players...).

          Existe uma forma correta de limpar os pincéis e descartar os resíduos das paletas:

          1 - Tire o excesso de tinta dos pincéis esfregando-os num pano/jornal velho (veja a dica 2) e depois os lave de forma adequada conforme a mídia utilizada (óleo, acrílico).

          2 - Na paleta o correto é recolher os resíduos e esperar que eles sequem antes de descartar no lixo, evitando assim que sejam possivelmente diluídos por chuvas e venham a entrar em contato com o lençol freático.

         
          Essa ilustração refere-se a uma forma mais corriqueira de poluição, ou será mais de uma?

Tamanho A3 com caneta Nanquim Artist Pen. Abaixo um detalhe do trabalho quase em tamanho real. Ainda prefiro os pincéis...

Star Wars

Mestre Jedi - Digital - A4 - 2007

          Aproveitando a deixa do aniversário da série Star Wars, posto alguns desenhos que fiz, alguns antigos e outros mais recentes. Depois dessa série e de Star Trek fica difícil inventar algo legal com naves espaciais. Quem consegue criar algo mais legal que um sabre de luz? :)

          Eu gostava do Mestre Yoda da versão antiga, claro que o digital ficou muito mais legal. Esse foi feito no digital.

Uma das coisas mais interessantes da série são sem dúvida os vilões, além de Dath Vader da trilogia original, tem também o General Grievous na nova trilogia, um resto de vida alienígena acondicionado numa poderosa armadura. Legal é pouco!! Grafite.

Grievous - Grafite - A4 - 2007

          Ben Kenobi era um cara batuta na trilogia original. Não poderia ser menos na nova trilogia. Um dos mais sábios Jedis, afinal, não gosta de voar. Aquarela.

Obi-Wan - Aquarela - 27x28cm - 2009

          Por fim mestre Qui-Gon Jinn, presença marcante no episódio I. O que dá pra dizer do cara...ele foi o Mestre do Obi-wan. Óleo.

Qui-Gon - Óleo - 21x29,5cm - 2009

          E que a Força esteja contigo!

Dragão Vermelho - Red Dragon

Dragão - Grafite - A3 - 2007

          Fiz esse dragão em 2007. Foi o trabalho de conclusão do módulo I do curso do Daniel HDR. Ele mesmo sugeriu alguns temas e escolhi pelo Medieval. O trabalho deveria ser entregue no formato A3 grafite utilizando os conhecimentos de aula como anatomia humana, perspectiva e composição. Utilizei o Canson que tem uma textura que valoriza o lápis.

           Depois de muito tempo resolvi pintar. Queria utilizar acrílico mas acabei optando pelo computador. As vezes acho que pintar no computador toma mais tempo que misturar tinta numa paleta, claro isso depende da capacidade de processamento do computador. Criei uma textura a mão e adicionei ao trabalho. Quando apresentei o desenho a lápis para os colegas de curso lembro que o Paulo Cartuman sugeriu a cor vermelha para o dragão. Sinceramente eu pensava em pintá-lo roxo com bolinhas amarelas. :)

Dragão Vermelho - Digital - A3 - 2007

          Aqui um detalhe em tamanho natural do trabalho feito no computador para uma melhor visualização da textura. Preservei o lápis intencionalmente. Devo imprimir e emoldurar qualquer hora dessas.

Doze Braços - Twelve Arms

Quatro Braços - Acrílica - 21x30cm - 2009

          Meu principal cliente é um fã ardoroso da série Ben 10 e pediu para que eu desenhasse seu personagem favorito da série: Quatro Braços

Aproveitei para ensiná-lo a reproduzir várias cópias sem muita tecnologia em quatro simples passos. Lá vai a dica:

          1 - Faça o desenho num papel comum.

          2 - Vire a folha e risque com grafite 3B onde a linha se encontra.

          3 - Coloque-a sobre a superfície a ser transferida; no meu caso uma folha Canson a4.

         4 - Contorne o desenho tomando cuidado para não desalinhar as folhas. Prenda as folhas com clipes ou fita, ou numa prancheta.

          Uma vez feito o procedimento o desenho já está pronto para ser pintado com o material desejado,além disso a imagem original pode gerar várias com o mesmo processo, como demonstrado abaixo.

          Esse primeiro pintei uma cor base para fixar o grafite. Não chega a ser um processo necessário. Meu cliente disse que estraguei o trabalho.

          Lembrete: Nunca mostrar trabalho em fase tão embrionária para um cliente.

         Ele quis o personagem, que é vermelho, na cor verde. Tinta acrílica. A assinatura foi digitalmente inserida.

         Segunda versão, agora com cores originais. A imagem não está muito bem escaneada, pois salvei em baixa resolução, mas já dá pra ter uma ideia do que quis fazer. Foi feita com tinta também e apenas aumentei o contraste para deixar o branco mais... branco. Dessa vez o desenho foi feito por ele mesmo usando meu original no processo acima explanado. Meu único trabalho foi pintar. Viva a linha de produção!

Quatro Braços - Acrílica - 21x30cm - 2009

          Terceira versão. Nem toquei nesse daqui. Ele fez a transferência e finalizou em grafite. Apenas esqueceu o símbolo no ombro.

Quatro Braços - Grafite - A4 - 2009

          Esse processo de reprodução é bem legal de ensinar para as crianças e rendeu 3 quatro braços finalizados (fora o original) mas... como fazer se o desenho original for, como esse, em tamanho a4 e o trabalho final for bem maior como a3 ou ainda maior? Alguma ideia? Falo disso num próximo tópico.

           Gostaria de agradecer os comentários nos tópicos e as pessoas que estão acompanhando o blog. Fico bastante empolgado com seus comentários. Respondo a eles depois...assim que descobrir como :D

Dia do Índio - Indian Day

Índio - Óleo - 21x30cm - 2009

          Domingo passado foi o dia do Índio, mas comecei a fazer esse daqui apenas um dia depois, pesquisei algumas fotos e segui uma em que o índio estava com o cabelo pintado (tanta coisa no cabelo que parece que estava com uma touca de pigmento), penas nas orelhas e um colar.

Tamanho a4.

Estudos - Studies

Estudos - Grafite - A4 - 2008

          Fiz alguns estudos no final do ano passado de fotos de esculturas que tenho arquivadas no computador. Um belo exercício. Recomendo. Adicionei o nome dos escultores pra facilitar a localização dos artistas se necessário. A ideia era fazer os desenhos para estudar o escorço do corpo humano. Não fiz tão acadêmico, fiz apenas algumas medições para a anatomia sair apresentável. Foram feitos em papel a4.

Hotel bom pra cachorro - Good Hotel for Dogs

Hotel bom pra Cachorro - Digital - 18x19cm - 2009

          Esse foi o primeiro finalizado do ano corrente. Depois de ter visto uma matéria sobre hotéis pra bichinhos de estimação e refletir um pouco saiu isso daqui.

O Começo - The Beginning

          Esse é o primeiro post do meu blog. Pretendo aqui compartilhar um pouco dos meus trabalhos e do meu conhecimento.

          Espero sinceramente que goste e sinta-se a vontade para voltar e comentar também. Seja bem-vindo!

          The Beginning

          This is the first post of my blog. I intend here to share a little bit of my works and my knowledge.

Sincerely I hope you enjoy and feel free to come back and comment too. Be welcome!