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domingo, 20 de junho de 2010

HellBoy


Hellboy - Digital - 19x9cm x 29 cm - 2004

          Como eu estava comentando sobre os materiais necessários para colorir um trabalho no computador e falei na mesa digitalizadora, aproveito para postar o primeiro trabalho que fiz em uma. Comprei uma tablet Wacom Graphire 4x5 em 2004 e o primeiro desenho que estava a mão era o HellBoy. Decidi colori-lo para me familiarizar com o equipamento. 
          É uma experiência muito estranha riscar na tablet e ter que olhar para a tela do computador. Enquanto que digitar num teclado e olhar para a tela do computador é mais ou menos parecido a datilografar em uma  máquina de escrever e olhar para o papel que também está a sua frente, escrever num lugar e olhar para outro foge um pouco do conceito tradicional de escrita em que nós riscamos e vemos o que acontece, até por quê a tinta sai da caneta, e precisamos analisar se o que está saindo está correto e inteligível. Na tablet isso não acontece, visto que a ponta da caneta é uma peça de silicone e o que se risca na tablet não se vê. O resultado aparece na tela do computador como que por mágica. Se a tablet e o seu programa de computador for bem configurado, o resultado vai de uma escrita bem orgânica na tela do computador até uma pincelada rica em textura, com mistura natural de cores, como se fosse tinta de verdade em uma tela de verdade.
Abaixo o desenho original que foi finalizado com tinta Nanquim e caneta. Tentei emular o estilo do criador do Hellboy, Mike Mignola.

          Abaixo fiz uma montagem do trabalho de cor sobre o feito a mão para se ter uma ideia do quanto a colorização é importante para o clima do trabalho.


          Abaixo um detalhe em tamanho real. Olhando agora, depois de alguns anos ainda acho interessante esse trabalho, embora certamente não o ache tão bem feito. Foi uma experiência muito interessante.

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