Propaganda de Bebida - Beverage Ad

As propagandas de cervejas no Brasil começam a sair do atoleiro dos clichês que elas mesmas criaram. Parece que isso já começou a ser feito fora daqui. 

Estava lendo o excelente Muddy Colors , e vejo esta obra, realizada com a ajuda do competente Greg (Gregory) Manchess. O resultado é um comercial simples, objetivo e de bom gosto artístico. Nas palavras do narrador: "Você está vendo uma pintura feita a mão, de uma garrafa feita a mão contendo tequila feita a mão.Patrón. Simplesmente perfeito".

Neste link do blog Muddy Colors tem um por trás das cenas pelas palavras do artista que para a maioria dos consumidores da tequila é anônimo.

Espero que gostem!

Jack "The King" Kirby

Um dos artistas responsáveis pela Era Dourada dos quadrinhos estadunidense foi Jack "the King" Kirby. Ele não apenas ajudou a criar o Universo Marvel, como desenvolveu uma linguagem narrativa específica para o universo de quadrinhos de super heróis.

Eu particularmente não leio mais quadrinhos de super heróis, mas tenho um encadernado do The New Gods do sr. Kirby com introdução do Mark Evanier (que aparece no documentário, assim como  outros artistas como Alex Ross, Neal Adams, Bruce Timm e grande elenco).

Existe um museu dedicado a sua contribuição no mundo dos quadrinhos:

http://kirbymuseum.org/

O documentário tem cinco partes. Vale a pena dar uma conferida:

Impasse da Arte e da Crítica

Não conhecia esse carinha, mas confesso que seu vídeo é bem interessante. Vi no ótimo blog do José Rosário.

Centro de Recursos - Resources Centre

          

Estudo natureza morta - 16,5 x 25 cm - Aquarela - 2013

            A Winsor & Newton (W&N), uma das mais respeitadas empresas de materiais para artistas, ou em suas palavras: "Os melhores materiais para artistas no mundo", tem uma página dedicada a divulgar seus produtos, orientando e sugerindo formas adequadas de utilização. Afinal, nada mais justo que a empresa esclarecer sobre seus produtos para deixar os clientes satisfeitos!

          Todo o material é, naturalmente, em inglês, mas nas páginas demonstração de produtos, técnicas, artistas e outros vídeos, os vídeos são bem separados e com títulos claros, informando o nome dos produtos ou técnicas. A utilização prática ilustra bem a finalidade do produto, orientando até quem não sabe inglês.

          Nem todos os produtos precisam fazer parte do atelier dos artistas ou hobbystas, mas talvez algum deles ajude a buscar um efeito desejado.

        Acredito que existam produtos similares nacionais, pois as empresas nacionais seguem a tendência de mercado internacional, e mesmo os produtos nacionais devem ter um comportamento bastante similar aos dos grandes fabricantes como a W&N.

          Claro que os produtos W&N tem uma qualidade excelente, mesmo a categoria estudante tem a qualidade muito superior a dos produtos nacionais. Sem dúvida vale a pena o investimento, e se puder comprar apenas um tubo de tinta por mês (como já fiz), vale a pena.

Conhecimento Secreto - Secret Knowledge

         David Hockney é um artista inglês que tem um livro bem interessante, e caro, chamado O Conhecimento Secreto.

         Felizmente existe um documentário homônimo de duas partes (em inglês) feito pela BBC onde é discutido o conteúdo deste livro.

          Curiosamente lá pelo meio do documentário ele fala que os recursos utilizados aceleram o processo dos artistas, mas não resolve outra questão importante: a pintura. Neste momento entra em ação todo o conhecimento do artista para resolver a etapa final de seu trabalho..

          Espero que gostem!

Hq Site Peugeot Hybrid 4 - Pegeout Hybrid 4 Site Comic

          A Peugeot inovou no site de seu novo veículo híbrido. Com belos desenhos em formato de história em quadrinhos com movimento e áudio. Ou se o título servir de trocadilho: "A Novela Gráfica Híbrida". Uma rápida pesquisa indicou que o artista é Gerald Parel. Esta página apresenta estes detalhes.

            Por que a Peugeot apostou nesse tipo de publicidade?

        Ilustração, acreditem ou não, se destaca bastante da fotografia. Se olhar ao seu redor, em qualquer lugar público, verá inúmeros anúncios com fotos de belas modelos, as vezes a mesma modelo em vários anúncios, mas raras são as publicidades com ilustração. Seria, a grosso modo, como olhar para uma prateleira com diversos produtos em uma cor e de repente um se destaca por ter uma cor diferente, não necessariamente mais chamativa. Quando falei raras são as publicidades, falei em comparação as produções com fotografia. Ainda assim o mercado de ilustração é gigantesco, ainda mais em países como Estados Unidos, França e Europa em geral. Existem inúmeros cursos superiores nos Estados Unidos focados especificamente em Ilustração, além do tradicional Bacharelado em Belas Artes (Bachelor in Fine Arts, ou BA, ou BFA).

  Prateleira - Vetorial - 2013

           Ilustração, por mais cara que seja, ainda é mais barata que uma sessão de fotos que requer as vezes uma grande equipe, uma modelo de alto cachê, e no caso de um vídeo, uma produção ainda maior, e por conseguinte, mais cara. 

           Seu tempo de produção, por mais longo que possa parecer, é ainda mais rápido que a produção de um vídeo, e talvez mais rápido ainda que uma produção fotográfica, no caso de uma única ilustração. Coletar todo o material que o fotógrafo precisa pode levar tempo, para um vídeo então, nem se fala. Todas essas formas de produzir um resultado final são, apesar da tecnologia envolvida, bastante "artesanais".
           Essas rápidas palavras servem para informar sobre o poder e o alcance da arte - neste caso, as histórias em quadrinhos / ilustração - tem, que vai além de uma simples estereotipização, e a insere em um círculo cultural bem mais abrangente.

           

             Vale a pena a visita!

http://graphicnovel-hybrid4.peugeot.com/start.html

Arte? É Apenas Trabalho! - Art? It´s Just a Job!

Documentário Frank Brangwyn

         Frank Brangwyn foi um artista Belga que viveu na Inglaterra onde, além de ilustrador, que era como eu conhecia, também era um excelente artista.

          Eu gosto do estilo de pintura que ele realizava com pinceladas carregadas de tinta, com forte influência expressionista, preservando ainda um belo desenho. Interessante ver ele falar que a fotografia o ajudou a acelerar o processo de trabalho e a economizar tempo e dinheiro.

           Mas o que chamou minha atenção foi descobrir que ele também fazia litografias. Esse era o recurso para se imprimir uma ilustração em grande escala. O suporte para o desenho é uma pedra (lithos é pedra em grego). Pode desenhar com lápis litográfico e até utilizar cor sobre a pedra. Como a matriz é uma pedra e precisa ser entintada e passada por uma prensa, cabe ao  impressor transportar a pedra até a impressora para fazer as reproduções. O problema é que as pedras são grossas e portanto pesadas. Mas e se o artista quiser fazer uma reprodução de um trabalho grande por exemplo?

           Vejam as pedras preservadas no 2:22min. Normalmente o desenho é feito na pedra, se faz a impressão e se apaga o desenho para posteriores trabalhos. Com pedras de meia tonelada deve ter dado bastante trabalho para o impressor. Existiam impressoras grandes mas para matrizes em metal (que eram mais leves do que as pedras). Tiveram que construir uma impressora para suportar o peso e foi bem caro pra época. Só ver as pedras e o espanto da historiadora já vale o vídeo.

                

         

Paleta de Cores - Color Palette - Hans Holbein

De Vos van Steenwijk - 47,6 x 36,2 cm - Óleo sobre madeira

Staatliche Museen, Berlin - Alemanha Fonte: WGA

           Hans Holbein o Jovem (1497-1543) foi um pintor alemão do Renascimento, filho do artista Hans Holbein, o Velho. Pintava com as seguintes cores: Branco Floco (Chumbo), Amarelo Ocre, Terra de Siena, Siena Queimada, Marrom Ocre, Lago Crimson, Cinnabar (Vermelhão Natural), Terra Verte, Azul Azurite, Ultramar Genuíno e Preto. Fonte: Site Color Academy

          Para maiores informações sobre paleta de cores favor referenciar ao tópico que deu origem a isso tudo: Paleta de Cores

ParaNorman

Logo ParaNorman

          ParaNormal é uma animação de 2012 que ainda pretendo ver. Achei muito legal que tem um site com diversos documentários do making of. Esta animação não é digital, apesar de usar estes recursos. Ela é stop-motion: animação quadro a quadro.

           Aqui pode ser visto todos os vídeos que eles disponibilizaram. Tem que gostar de stop-motion por que o processo é muito entediante. Felizmente o resultado desse trabalho todo não.

           Link dos documentários.

          E o primeiro de muitos:

         

Alphonse Mucha

Documentário Alphonse Mucha

           Alphonse Mucha foi um daqueles caras bons que influenciou outros tantos em sua época. Quando seu trabalho começou a se tornar reconhecível fora da República Checa, chamavam-no de O Estilo Mucha, em seguida esse estilo foi renomeado para Art Nouveau. O resto é história.

          Documentário em seis partes. Imperdível. Na parte quatro fala sobre sua técnica. Ele já fazia uso da fotografia como ferramenta de referência. Texto em inglês e legendas em klingon...ou checo, ainda não sei ao certo.

Rod e Manu

Rod e Manu - A4 - Grafite - 2010

         Enquanto trabalhava em uma encomenda especial de Presente de Aniversário de Namoro, realizei diversos estudos baseado nas fotos dos personagens principais. Aqui um estudo que encontrei recentemente no meu acervo e que foi feito em 2010. Utilizei uma caneta pincel para finalizar os personagens, contudo, acho que nada substitui o pincel de pelo de marta para este trabalho delicado. Como só tinha a foto de seus rostos tive que estereotipar os corpos de acordo com o gênero.

Juremir

Juremir Machado da Silva - A4* - Grafite - 2012

          O Juremir é um repórter e professor na cidade de Porto Alegre. Parece que seu passatempo predileto é escrever livros. Eventualmente leio suas colunas no jornal Correio do Povo e ele é, mesmo sem querer querendo, (ou talvez querendo por querer) muito engraçado! Não, ele não é humorista. É difícil tomarmos conhecimento hoje em dia de pessoas inteligentes e com aquele, já em desuso há muito, conhecimento enciclopédico. Tal conhecimento o torna um crítico que se questiona e questiona a sociedade. Ele não aceita as coisas como a maioria. Ele questiona e se questiona.

          Fiz esta caricatura por que, bem...ele é bem caricaturável. Foi a primeira que fiz dele no começo do ano de 2012 e acredito que para fazer uma caricatura que faça jus a ele, precisaria fazer mais uma dúzia. Acho que acertei alguns aspectos e errei em outros, mas é assim mesmo que se aprende a desenhar e a caricaturar.

          *Este desenho foi feito em um canto de uma folha A4.

Duquesa de Cambridge - Duchess of Cambridge

A Duquesa de Cambridge 100x100cn - Óleo sobre tela - 2012 - Paul Emsley

        Sexta feira dia 11/01/2013 li a matéria da Folha de São Paulo (online) e descobri que o pintor Britânico Paul Emsley havia retratado Kate Middleton, esposa daquele carinha careca que usou um traje engraçado em seu casamento. Acontece que o quadro é, na minha humilde opinião, um excelente exemplo do realismo acadêmico contemporâneo. Não foi, contudo, senso comum entre os filhos de Sua Majestade. A pintura despertou mais ódio do que amor.

       Dei uma rápida Googleada para ver o que estava acontecendo, afinal por que a Folha disse que os ingleses não estavam satisfeitos? Os jornais britânicos  The Guardian e  The Independent, desceram o pau no trabalho do Emsley.

          Fiquei pensando no por que desta retaliação. O jornalista do The Independent avalia o trabalho como realismo fotográfico. Eu aceito o termo do realismo, mas sempre odiei o termo "fotográfico" ou a expressão "parece uma foto", dando a ideia de que está bem feito, mas isso é assunto para outra postagem. A fotografia é mais uma ferramenta a serviço dos artistas! Se usada sabiamente como Edgar Degas ou como Norman Rockwell fizeram, o resultado se torna duradouro.  

          É muito desagradável ver os jornalistas da CNN, se portanto como estivessem em um programa de fofocas. Nem o Brasil escapou. Ana Paula Padrão seguiu o pensamento britânico e teceu um comentário desfavorável à pintura..

           Esse tipo de discussão em torno de pintura nos levam a refletir sobre determinados padrões estéticos e técnicos. Beleza x feiura, pintura x fotografia. Uma pintura não é uma fotografia e a fotografia nunca quis ser a tal pintura. Para responder aos meus questionamentos, neste domingo dia 13/01, uma sumidade em pintura deu seu ponto de vista sobre toda essa discussão. James Gurney postou um tópico sobre o sorriso de Kate. Ele cita o livro O Guia Completo de Expressões Faciais e comenta sobre o sorriso, quase Giocondesco de Kate. Só lendo o texto para entender melhor, já coloquei os links todos aí! :-)

          Segundo o próprio link da CNN, Kate Middleton disse ao artista que a pintura é "Espetacular." Não é isso que importa afinal?

           Kate é a queridinha da Inglaterra, assim como era Diana, certamente este é o motivo de tanto rebuliço. Eu gostei bastante da pintura e da abordagem que foi escolhida. No futuro, quando apenas a pintura restar a história será outra.

         Agora sim, justiça seja feita. Se tem algo feio é essa moldura... :-)

Xilogravura - Woodcut

Onça - A3 - Gravura - 2011

        Gravura colorida é algo bem interessante de se fazer. Neste caso a gravura foi feita com matriz perdida, ou seja, a cada etapa vai se trabalhando na matriz original e a matriz vai se perdendo durante o processo.

 

        Primeiramente trabalhamos a madeira cavando com as goivas para que apenas o que for cavado não receba tinta. Nesta etapa da cor amarela, pouquíssima coisa for cavada.

          Uma semana (período entre uma aula e outra) após feita todas as cópias desejadas e com a tinta amarela seca vamos para a segunda etapa. Cava-se novamente a madeira afim de reduzir a área que receberá a tinta. No caso o vermelho foi utilizado para se criar um meio tom O que vemos em volta da onça como branco é na verdade a cor do papel, que por contraste parece ser mais branca do que realmente é.

         Mais uma semana se passa para a secagem da tinta e novamente se cava a madeira para tirar o excesso e criar a área da sombra. Afim de dar um efeito de pelo e das folhas parecerem com folhas, foi retirado ainda mais madeira. Eventualmente tirei mais do que devia em algumas regiões. Feito essa última parte a gravura estará pronta após a secagem da tinta azul. Resta numerar, assinar e datar.

Calor - Heat

Calor - A4 - Grafite - 2011

         Eu não sou um grande fã do calor. Como sempre fico aborrecido com o excesso de sol fiz esse desenho. Parece que o sol fica olhando a gente com lupa no verão para estudar nosso comportamento. E acaba nos fritando!