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sábado, 14 de agosto de 2010

Estudando os Mestres - Master Study


Estudo  - Acrílico - A5 - 2010

          Aprendemos por repetição.
          Copiando o que vemos e ouvimos.
          Assim que as crianças aprender a falar.
          Elas são corajosas.
          Imagina se alguém chega e te larga lá num país estranho sem tu nunca ter aprendido a falar uma única palavra. Um adulto entraria em pânico. E ninguém teria paciência de ensinar a ele o idioma como se ensina a uma criança.
          Artistas também aprendem por repetição. Praticando e praticando.
         A última postagem do Super Pato me fez lembrar uns 30 anos atrás, com uma revista em quadrinhos de patos em mãos, eu e meu irmão fazíamos cópias. Incansavelmente. Sim, meu irmão era um excelente desenhista. Lembro vagamente de analisar meu desenho com o da revista em quadrinhos  para ver se estava "perfeito". Acho que estava.
          Esses foram os primeiros contatos com cópia. Não se copia como uma máquina copiadora. Se copia em busca de um entendimento do que foi feito e como se chegou aquele resultado. Não apenas isso, mas também o que pode ser feito para corrigir eventuais erros e melhorar o seu trabalho.
          Antes de começar mais um dia de trabalho, Chopin se exercitava por uma hora ou duas tocando Well-Tempered Clavier de Bach, com o objetivo de absorver a essência do mestre. :)
          Artistas também podem e devem fazer o mesmo. Pegue obras clássicas, ou de seu agrado e faça um pequeno estudo colorido para ter um entendimento do que foi feito.
          Fiz este estudo baseado no trabalho dum Húngaro pra lá de phodão: Gyula Benczúr. Quer ver o trabalho do cara? Dê uma Googleada.
          Estudo feito com acrílico sobre papel. Fiz um rápido esboço com caneta e comecei a pintar com algumas cores na paleta.
          Sendo feito deste tamanho não é possível pensar em detalhes. A gente pensa mais na composição e na harmonia de cores; na solução encontrada pelo artista com uma composição agradável aos olhos.
          Alguns museus, mas só os chulés, como o Louvre, permitem que tu coloque teu cavalete na frente dum trabalho clássico e faça uma cópia. Imagino que tenha que ter alguma autorização para isso, naturalmente, mas é possível estudar avidamente grandes trabalhos e aprender com eles.
          Mas isso é só pra museuzinho. Museu sério como os nossos aqui no Brasil não permitem isso. (Bem, não sei ao certo, mas nunca vi ninguém aqui no Margs fazendo isso, não sei quanto aos outros estados. Se alguém souber me avise que atualizo este tópico com o devido crédito.)

Um comentário:

Aramis disse...

É verdade. Eu realmente desenhava. Mas utilizo o lápis agora somente para a escrita! A lá George Lucas!
Bem lembrado, Mano querido!