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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quadrinhos - Comics

 
 
 

 

Quarto 666 - Grafite - A4 - 1997

          No longínquo ano de 1997 fiz meu primeiro teste de história em quadrinhos. Embora eu goste muito de histórias em quadrinhos é algo que não sei se teria saco para fazer. Dá um trabalho do cão. Gosto de vários estilos. Resolvi fazer estas quatro páginas para ver o que acontecia, se conseguia enganchar um quadrinho no outro e uma página a outra, conforme preconiza os ensinamentos de Will Eisner em seu livro de Arte Sequencial.
          Existiu uma quinta página, mas como ficou muito tosca ela foi sumariamente destruída.
         A história conta a saga de um policial em missão e como destruí a última página fica ao seu critério pensar o que pode ter acontecido no desfecho desta eletrizante narrativa. Como gosto muito de alguns artistas e nesta época um artista que me agradava era Greg Capullo, que em determinado momento desenhava Spawn, fiz algo utilizando alguns elementos que não sei se ele criou, mas que achei uma receita interessante, como no caso das veias que aparecem sobre os músculos do cara. Esses artistas de hq (americanos, nem todos claro) fazem os caras com 1% de gordura sempre, então dá pra ver músculo, veia e estriamento muscular a tal ponto de que se um cachorro ver o herói saboreando uma maçã vai sair correndo de tanto medo da visão aterradora dos músculos da face do elemento trabalhando.
          Como disse lá em cima, essas páginas foram feito em formato A4 com grafite 0,5 o que permite um maior nível de detalhamento com traços finos. Essas páginas são tão antigas que as páginas estão bastante amareladas, problema que resolvi no escaneamento ajustando o contraste da imagem.
          Vendo hoje essas páginas percebo que não tinha conhecimento suficiente para variar ângulos e perspectivas, o que tornaria a história bem mais agradável. Antigamente me agradava esse formato mais realista de trabalhar, hoje nem tanto.
          Acho que já citei aqui no Al Blog  o quanto é legal ver os trabalhos antigos depois de um tempo, eles contam a história de nossa evolução como artista.

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