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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Estudos com Nanquim - Black India Ink Studies



 Estudos com Nanquim - Nanquim - A5 - 2010

          Dando continuidade aos estudos realizados com Nanquim comecei a analisar o trabalho dum cara que lida com histórias em quadrinhos e trabalha basicamente com preto (e branco do papel). Eu estava afim de estudar o preto e branco, mas não dos caras clássicos e sim de algum contemporâneo, para variar um pouco. Conheço seu trabalho há alguns anos e recentemente comprei um livro com seus trabalhos. O nome dele é Mark Schultz e até o presente momento ele não tem site, para piorar ele tem um homônimo que lida com outro tipo de arte, a música. Não se confunda. O original é ilustrador e escritor. Além de desenhar bem pra caramba o cara escreve suas histórias. Um quadrinista autoral. Atualmente está escrevendo as histórias do Príncipe Valente. A mais importante saga dos quadrinhos mundial de todos os tempos. Para se ter uma ideia, Príncipe Valente é de 1937, um anos antes do Super-homem e dois antes do Cavaleiro das Trevas, se não me falha a memória. Foi inicialmente criado por Hal Foster que queria criar suas próprias histórias. Nesse momento um outro grande nome surge: Burne Hogarth, mas é assunto para outra postagem. Se for falar de Hal Foster vou precisar de outro blogue, porquê esse é outro dos bons duma excelente safra dos ilustradores do século XX.
          Voltando ao assunto do Nanquim. Mark Schultz trabalha com pincel, pincel seco e bico de pena. Como era feito tradicionalmente, porém com uma abordagem menos rebuscada, porém igualmente cativante. Para quem acreditava que não se ilustrava mais em preto e branco, o cara faz isso com maestria. E fica muito bonito num livro impresso. Imagine num livro eletrônico! Gostaria de dizer que o trabalho dele é original, mas não acredito que seja. Seu traço me lembra em muito a época de quadrinhos do recentemente finado mestre Frank Frazetta , ele tenta emular o mesmo estilo, com parafernália tecnológica retrô, felizmente seu traço tem singularidade. E suas histórias de Cadilacs e Dinossauros são muito interessantes.
          Eu já havia feito alguma coisa nesse sentido, porém fazia muitos anos que não usava Nanquim. É uma linda tinta e ao explorá-la com pincel chato, uma coisa que nunca havia feito, descubro novas possibilidades para uma velha receita. Existe também alguns estudos de aguada. Nanquim, como já devo ter citado no Al Blog ainda é muito utilizado pelo pessoal que faz histórias em quadrinhos. Dá um fino acabamento ao lápis, adicionando beleza ao trabalho impresso. Muitos tem feito arte final digital, mas se valoriza muito o traço feito de forma tradicional também.

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