Estudos - Grafite e Giz Branco - A4 - 2010
Há alguns meses comprei um pacote de papel reciclado com o intuito de imprimir documentos para uso pessoal. Naturalmente, também está sendo usado como papel tonado para desenho.
Fiz alguns esboços baseados em fotos de jornal e dei um toque de luz com um lápis pastel branco.
Há alguns séculos essa técnica é usada como forma de estudo de luz e sombra, ou como se chamava antigamente: chiaroscuro. Consiste no estudo do volume através do contraste do claro e do escuro, como o próprio nome sugere. O escuro pode ser feito com lápis, como fiz, com carvão, com aguada de Nanquim ou com Nanquim puro. A luz pode ser feita com giz branco como foi utilizado nesse estudo, ou se o papel for numa gramatura a partir de 200 gramas, com guache ou acrílico. Pode ser feito com óleo também. Antigamente se fazia um estudo tonal imediatamente antes da pintura com o intuito de solucionar determinados problemas que poderiam acontecer no decorrer da pintura com cor. Também era feito em busca de um maior efeito de luminosidade na pintura final e de mais profundidade nas sombras. Lembrando que antigamente os pigmentos não tinham a pureza dos atuais e se pintava de uma forma diferente justamente por não se conseguir os efeitos da forma como eles acontecem hoje em dia.
Muito se especula da forma como se pintava há quinhentos anos. As tintas mudaram e os artistas também. O que se faz hoje é adaptar o conhecimento remanescente dos tempos "doirados" às novas mídias, criando uma forma de arte muito mais bonita e natural.
Esse tipo de estudo pode ser feito sobre papel de preço acessível como o jornal e o craft ou sobre os mais nobres, como o Canson Mi Teintes em diversas cores, ideal para trabalhos com pastéis.
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